sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

J'aime lire! Educar para crescer.

Ler é um passaporte para outros mundos e uma ponte para facilitar o acesso a informações de nosso mundo.

A leitura estimula o desenvolvimento cognitivo, a memória e apresenta ao leitor novas formas de encarar a vida.

Se você concorda com isso, deve dar uma olhada na sugestão de biblioteca do projeto Educar para Crescer. Lá você encontra uma lista com livros indicados para cada faixa etária.


Como seria sua biblioteca ideal?
Deixe um comentário com sugestões de leitura!


quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

abismos> exposição no museu vale




Recriar modos de olhar, convidando o espectador a adaptar-se a diferentes luminosidades enquanto acompanha obras que parecem se relacionar umas com as outras, dialogar entre si e com o espaço. Essa é a proposta da mostra Salas e Abismos, que exibe nove instalações criadas ao longo da carreira do artista plástico carioca Waltercio Caldas, no Museu Vale, em Vitória, no Espírito Santo. “Proponho um jogo de espaços, onde um trabalho reverbera no outro”, diz o autor.

Algumas obras são bastante inusitadas.É o caso da obra Ping-Pong, a representação de uma partida de pingue-pongue jogada por um cego. Já a sala Silêncio do mundo apresenta um ambiente completamente tomado pela escuridão, com paredes e objetos negros, que costumam causar reações como inquietação em quem entra no ambiente. Em Maçãs falsas Caldas usa espelhos para desafiar o espectador a distinguir as frutas reais das artificiais,um exercício que pode ser transposto para outros âmbitos: o que há de verdadeiro dentro ou fora de nós? Na Sala para Velásquez está um livro sobre a obra do pintor barroco espanhol Diego Velázquez (1599-1660), com imagens e textos produzidos fora de foco, a tela Los Velázquez, além de esboços e trabalhos acerca do que o artista denomina “o funcionamento dos espelhos”. Para Caldas, as instalações são pretextos para propor novas interpretações de objetos que fazem parte tanto do cotidiano quanto do imaginário contemporâneos. Em sua obra, faltas e excessos se alternam, apresentando abismos e conexões. “Olhar para a arte é compactuar com esse abismo; a função do artista é melhorar a qualidade do desconhecido”, declarou o artista carioca.



sábado, 6 de fevereiro de 2010

Do que é feito nossos sonhos?

bem azul


Do que é feito nossos sonhos?... Não de algodão eu sei, mas de algo assim macio, realmente macio? A dúvida se infiltra pela minha mente e aflora questionamentos mil de toda sorte. As perguntas pululam e surgem sabe-se lá de onde, enquanto tento manter minha cabeça no lugar e não me perder em meio aos pensamentos que circulam enérgicos, às emoções gritantes e meu semblante congelado.

O que se passa? Não sei. Também não sei se gostaria de saber. O confronto com a realidade é duro; sonhar é preciso. Todos temos problemas - fato generalizado, super-estimado e comprovado.

A grama logo ali é mais verde mesmo ou estou sofrendo de algum tipo de daltonismo? Ricos: em que? Do que podemos nos nutrir senão de nossos sonhos. Pausa para uma reflexão: e se eu estiver promovendo o desenvolvimento de algo artificial a minha volta e quando me descobrir em pleno deserto existencial for assolado pelo nada.

Uma porrada, uma parede fria e só. Mais nada. Nem o nada por aqui - um vácuo?

De que dispomos para ludibriar nossos sentidos diante da falta de sentido da vida?

Alienemo-nos!(?) A vida é longa quando o viver é curto.


sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

maria, maria

maria era uma menina levada. levada assim daquelas que fingiam ser uma coisa mas era outra. era tudo menos santa, isso sim. maria usava saia como todas as meninas. saia de uniforme, mas seu uniforme não era tão uniforme assim: era mais curto e menos uniforme que o uniforme das outras meninas. maria sabia disso. queria mesmo era mostrar as pernas para os meninos - mesmo fingindo que não era com ela. maria era meio assim, meio assado, se fazia de sonsa e arrasava quarteirão. depois anotava tudo no seu diário, anotava suas estripulias à la Capitu. muitos queriam ser bentinhos para se afogar em sua ressaca; poucos tiveram essa chance.

maria registrava tudo que aprontava; tinha sonho de ser escritora. escrevia, escrevia, escrevia. não era a melhor nem a pior escritora. escrevia com a malícia que já despontava na infância. palavras, palavras, palavras. escrevia, escrevia, escrevia. a saia diminuia, diminuia. às vezes subia, às vezes descia: tudo conforme a moda. ela sempre foi uma menina da moda. nunca da minha moda - eu era completamente fora da estação.

maria menina já meio mulher. escrevia, escrevia, escrevia. diminuia, diminuia. subia e descia. pernas grossas. pequena estatura. ego enorme. subia e descia, mas não era em mim.

maria escreve, escreve, escreve. se sobe ou desce não sei, nem se for, nem com quem. voa por aí pendurada no seu ego. e sua lembrança que em minha memória em mim doia, hoje é só um borrão.

maria, maria, levada pelo tempo. rodada pela saia, saía, saía, saiu. maria foi uma coisa, hoje é outra. escreve, escreve, escreve; e é só.


quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

demasiadamente humano

momento de descontração



aquilo que me instiga
me faz crescer
não está lá ou ali
não está em nenhum lugar

aquilo que me aflige
me faz mudar
não está ali ou lá
não está em nenhum lugar

seja onde for
seja como for
seja como seja
seja não seja

em qualquer lugar
em lugar qualquer

em nenhum lugar
em lugar nenhum

lá, ali
aqui
aqui
aqui

este é o meu lugar
este sou eu
sou eu
eu

porque assim sou
sou assim porque

vem de mim
e aí eu vou

vou mais alto
vou mais fundo
pelo mundo

vagabundo?
não!
filósofo
humano

demasiadamente humano
eu sou