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sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Por uma razão... ou nenhuma




"Grandes realizações não são feitas por impulso, mas por uma soma de pequenas realizações."
Vincent Van Gogh

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Abdicar de um ganho de curto prazo pode parecer difícil diante do medo de esperar e colher algo melhor num futuro incerto. Procurar além do horizonte do agora, ainda que se viva cada momento na incerteza da construção de um tempo que se faz presente.

Se tivéssemos um acesso epistêmico às linhas do tempo que se cruzam em nossas pessoas, nesse deslizamento das memórias do passado que formam nós e nos formam com as potencialidades do futuro, seríamos menos ansiosos ou ficaríamos paralisados na expectativa do vir-a-ser?

***

ser-aqui-no mundo e não ser nada mais que alguém
a quem devo invocar para ser além, senão a mim mesmo
acreditar nas fábulas de minha juventude
crer nas esperanças bem-aventuradas do viver assim

viver a vida a cada instante do começo ao fim
e se refletisse, como quem não quer nada, todos os detalhes amiúde
desde os pequeninos aos grandes eventos que me ocorrem ao esmo
descobriria um eu que não eu ou de mim a mim mesmo meu refém

preso na eternidade das dimensões infinitas da existência
condenado à liberdade e responsável pela realidade que construo
e se nada fizer já teria feito, com ou sem defeito
porque todo feito é suspeito de nada ser

tão cheio ou vazio de significado na dança dos girassóis à procura do sol


quinta-feira, 1 de abril de 2010

Dicas para curtir no final de semana

Vitória está se tornando uma capital com melhor qualidade de vida cultural. Na última sexta-feira, o bairro da Enseada do Suá recebeu a solenidade da pedra fundamental do Cais das Artes.







Mas enquanto este projeto que promete movimentar nossa ilha não é inaugurado, podemos curtir o Museu de Arte do Espírito Santo e o Palácio Anchieta.






Rembrandt e a arte da gravura
O primeiro recebe até 16 de maio de 2010 a exposição Rembrandt e a arte da gravura, uma seleção de figuras sobre este gênio que marcou o desenvolvimento da gravura. Contemporâneo do Renascimento, movimento com base maior na Itália, o mestre holandês criou técnicas próprias e seu traço é único.

A entrada é franca e os horários de visitação são 10 às 18 horas de terça a sexta-feira e 12 às 18 horas aos sábados, domingos e feriados.

Michaelangelo no Palácio Anchieta
Quem quiser ver réplicas dos trabalhos deste renascentista e completar uma ida cultural ao centro da capital capixaba, dê uma esticada até o Palácio Anchieta. A exposição sobre o trabalho de Michaelangelo é breve, porém traz informações bem legais.

Se você estiver com tempo, marque uma visitação guiada ao Palácio Anchieta aos domingos e conheça os cômodos onde trabalha o governador.

A exposição do Michaelangelo fica até 9 de maio.

Para agendar visitas guiadas ao Palácio Anchieta, liguem para (27) 3321-3578 ou mandem um e-mail para agendamento@seg.es.gov.br.


quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

abismos> exposição no museu vale




Recriar modos de olhar, convidando o espectador a adaptar-se a diferentes luminosidades enquanto acompanha obras que parecem se relacionar umas com as outras, dialogar entre si e com o espaço. Essa é a proposta da mostra Salas e Abismos, que exibe nove instalações criadas ao longo da carreira do artista plástico carioca Waltercio Caldas, no Museu Vale, em Vitória, no Espírito Santo. “Proponho um jogo de espaços, onde um trabalho reverbera no outro”, diz o autor.

Algumas obras são bastante inusitadas.É o caso da obra Ping-Pong, a representação de uma partida de pingue-pongue jogada por um cego. Já a sala Silêncio do mundo apresenta um ambiente completamente tomado pela escuridão, com paredes e objetos negros, que costumam causar reações como inquietação em quem entra no ambiente. Em Maçãs falsas Caldas usa espelhos para desafiar o espectador a distinguir as frutas reais das artificiais,um exercício que pode ser transposto para outros âmbitos: o que há de verdadeiro dentro ou fora de nós? Na Sala para Velásquez está um livro sobre a obra do pintor barroco espanhol Diego Velázquez (1599-1660), com imagens e textos produzidos fora de foco, a tela Los Velázquez, além de esboços e trabalhos acerca do que o artista denomina “o funcionamento dos espelhos”. Para Caldas, as instalações são pretextos para propor novas interpretações de objetos que fazem parte tanto do cotidiano quanto do imaginário contemporâneos. Em sua obra, faltas e excessos se alternam, apresentando abismos e conexões. “Olhar para a arte é compactuar com esse abismo; a função do artista é melhorar a qualidade do desconhecido”, declarou o artista carioca.