sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

(not a school rhyme) for the love of mine

foto para nosso cd (?)



once you walked into my life
i noticed you're the kind of girl i like
everything had changed
however, i couldn't get myself rearranged
think about what was really true because then i wouldn't say "i do"

and life goes 'round, and 'round again
as mirror images that meet somewhere
now it doesn't matter, it's true
i do, i do, i do, i do

domingo, 6 de dezembro de 2009

no limiar do crepúsculo

blured seats


Toda vez que te vejo me dá uma vontade de te controlar. O poder é algo que fascina. O que mais poderia ser? Queremos cada ínfima coisa detalhadamente de um jeito próprio que nem sempre é alcançado quando alça voo. Quem sabe como poderia ser?

Vendo o mundo de uma forma distorcida... Vendo. Vejo. Quem vai comprar? Apenas uma idéia, talvez. Uma idéia qualquer para os outros, que de longe observam sem nada entender. Uma idéia qualquer. Para você a única idéia possível. O único mundo viável.

Indizível. Como explicar os sonhos? Se ao menos o sonhador soubesse o que sonha... Mas, talvez, isso também não seria uma solução... ou seria? Seria?

Sorria! Não aquele sorriso amarelo de quem não sabe o que dizer. Fale a verdade: de dentro para fora. Diga-me tudo, não me esconda nada. E... sorria!

Quem vai comprar os seus sonhos? Quem vai bancar o seu mundo?

Faça o que fizer. Faça!

Seja quem quiser.... Seja quem quiser!

Sonhe.


terça-feira, 10 de novembro de 2009

trabalhar (!)





Um bom local de trabalho, como defini-lo? Se conversarmos com pessoas que estão procurando um emprego, iremos nos deparar com pelo menos três enfoques sobre o trabalho que podem ser resumidos pelos verbos ser, ter e fazer.

É comum a falta de consenso sobre o que é um bom local de trabalho. Digo consenso real. O lugar-comum do local de trabalho no qual podemos ganhar bem, estabelecer bons relacionamentos, sermos reconhecidos, contribuirmos com a criação de valor através das tarefas de trabalho, entre vários outros quesitos, é indiscutível.

Faço orientação profissional e aconselhamento de carreira há 7 anos. Me defrontei com públicos diversos: alunos de ensino fundamental e médio, universitários, intercambistas e suas famílias, executivos repensando suas carreiras. Todos sonhando com uma vida melhor.

Melhor para quem? Essa é a pergunta que faço aos meus orientandos no projeto de extensão que coordeno no UNESC, onde também leciono para os cursos de Direito, Administração e Ciências Contábeis. De que nos vale um trabalho, receber um bom salário e pagar com nossa saúde (física, mental e espiritual), nossos relacionamentos familiares e de amizade?

Não sou comunista, mas devo concordar com Karl Marx que o trabalho é mais do que simplesmente trabalhar, no sentido de força de trabalho física, ou mesmo psicológica. Trabalhar é mudar o mundo em que vivemos. Trabalhar é produzir bens, serviços. Trabalhar é construir nossa realidade particular.

Ser, ter e fazer. Verbos que deveríamos conjugar juntos. No presente do indicativo, no futuro do presente. Não importa; trabalhar deveria ser uma atividade de cidadania completa. Um exercício existencial.

Lembre-se da pergunta melhor para quem? Trabalhar é uma parte da vida, não o contrário.



* Fábio Nogueira é um trabalhador empenhado na construção de um mundo melhor e considera o trabalho um hobby. Nas horas vagas, é professor universitário em cursos de graduação e pós-graduação; faz pesquisas porque acha interessante aprender sobre o mundo e as pessoas; fotógrafo aprendiz [flickr 1, flickr 2], poeta amador e filósofo de final de semana.


segunda-feira, 9 de novembro de 2009

ridículo é não viver




Por tantas vezes na vida pensamos sobre o que os outros pensariam se fizéssemos o que queremos. Por quantas vezes mais abdicaremos de nós em prol do bem alheio? Ocorrem momentos de suspensão de nossos desejos para o bem comum.

Infiltradas em nossas almas estão a sociedade. Tudo de bom; tudo de ruim. Faça assim, assim. Desde pequenos, o convívio social - primeiro em família, depois na escola e no trabalho - nos ensina quem deveríamos ser. O ideal, ideologicamente formatado. O real se perde.

Se é ético, que problema tem?
Vem também!
Seja você, seja feliz!

Ridículo é não viver.


sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Sexta-feira é dia de paella

paella...

Sexta-feira. Final da semana de trabalho para uns, véspera para outros - inclusive eu.

Gostaria de lhes recomendar o almoço na padaria Monte Libano na Praia do Canto (Av. Rio Branco). Sexta lá é dia de paella...

Como não posso sonhar com a Espanha, me resta dar um pulo lá na Monte Libano e me fartar com o mexido mais chique do mundo (delícia!...).


terça-feira, 29 de setembro de 2009

águas calmas e a nudez da verdade

queda d'água



Algumas mulheres são águas de aparência calma. Lá no fundo, corre uma correnteza agitada. Quem ali mergulha não sabe o que o espera: pode ficar preso envolto em suas águas; pode se ver livre da ingrata mansidão.

Mãe, noiva, esposa, filha, amiga: mulher. Tantas e uma só. Sem ela(s) o mundo seria moroso, insosso. Eis a nudez da verdade.


sábado, 26 de setembro de 2009

Espectadores da vida




Poucos minutos atrás, eu estava postando respostas para exercícios de revisão para meus alunos quando minha mãe entrou em meu quarto. Sorridente, perguntou o que fazia e olhando meio de lado, quase intrusivamente, xeretou meus posts com as respostas dos exercícios. Ela sentou na minha cama ao meu lado.

Logo veio o estalo de fatos rotineiros que a incomodam. (Pausa: volta e meia minha mãe compartilha comigo seus desagrados e malidicências.) Minha mãe me disse que todos os dias recebe mensagens e mais mensagens de uma colega que se aposentou, porém ainda trabalha, e que passa parte da noite no computador conectada ao mundo. Bem, talvez um mundo meio vazio pelo que entendi ao ouvir suas palavras.

Sua queixa era sobretudo a respeito daquelas meia dúzia e tal de mensagens que chegavam rotineiramente em sua caixa de entrada todos os dias. Aí, como que confessando um pequeno pecado, disse que apagava as mensagens sem ler. Eram mensagens com piadas, correntes, lendas urbanas e afins. Entre as palavras de minha mãe me vieram na cabeça lembranças de e-mail que insistem em pular o muro e invadir meu jardim de tranquilidade.

Conheço algumas pessoas que mantém esse hábito comum às pessoas hoje em dia. Pessoas que coletam informações vazias e repassam adiante, inundando o mundo de inutilidades.

Me lembro também da época que tinha meu primeiro PC em casa, um Aptiva da IBM. Compramos aquilo através de leasing, quem diria... Enfim, mesmo naqueles tempos de início de Hotmail, Windows 3.11 e BBSs se transformando em provedores de internet discada em modems de 14k, cultivei por certo tempo o hábito de escrever cartas para amigos.

Hoje, não reservo tempo para escrever assim. Minhas aulas são feitas em PPS ou PPT, porque se quiser escrever no quadro (que agora é branco!), meus alunos não entenderiam bulhufas da matéria. (Vixe! Será que com slides ajuda?)

Bem, reflexões a parte, retomando o assunto, eu me dedicava a escrever, tirava um tempo para ir aos Correios e tal. E para fazer tudo isso, eu realmente tinha que ter algo a dizer.

Meus alunos têm dificuldade de responder as questões das provas porque perderam o hábito de ler e escrever desde a escola. Os e-mails continuam chegando com um monte de baboseiras sem pé nem cabeça.

Foi-se o dia no qual as pessoas tinham algo a dizer. Agora, são apenas espectadores da vida.


domingo, 13 de setembro de 2009

Lá de cima, o mundo é diferente

in my shoes


Galgar passos rumo ao infinito das possibilidades é minha obsessão. Todos os dias quando acordo imagino que hoje será um ótimo dia. Sei que pode parecer papo de autor de livro de auto-ajuda, conversa de quem quer tranquilizar o mundo diante das atrocidades deflagradas nos jornais e nas esquinas. Mas é a mais pura verdade.

Naqueles dias que o céu está nublado, meu humor se fecha como as nuvens cinzas. Sou um cara de humor fotossensível. Tem dias que brinco dizendo que sou igual samambaia, preciso de sol para ser feliz. Quando me lembro que já passei pela experiência de inverno severo, temperaturas abaixo de zero e pouco sol (ou nenhum), não consigo imaginar como sobrevivi. Creio que tenha sido todas as novidades que me acompanharam nessa etapa tão especial de minha vida.

Fechando o parênteses. Podemos fazer de nossos dias dias melhores. Claro que parte dos acontecimentos já estão preparados nos esperando, são as consequências de escolhas do passado que se revelam no ex-futuro que se faz presente. O que pode mudar é, no mínimo, a forma como encaramos o que nos aguarda.

Limpar a alma de expectativas prejudiciais à saúde é o primeiro passo. Depois, respiro fundo e me lembro de um artigo que li sobre linguística e humor. Não me lembro onde li este artigo, apenas que estudaram o efeito de fonemas na composição do humor. Os cientistas analisaram os fonemas presentes em diversas línguas e chegaram à conclusão que línguas com fonemas mais abertos, que fazem com que tenhamos expressões faciais parecidas com sorrisos, alegria e felicidade. Assim, fonemas /a/ e /e/ (ou seja lá como for) alteram o funcionamento do cérebro e levantam o humor.

Quando o dia não está lá essas coisas, ou sei que terei atividades que vão exigir um tanto de mim, ou as consequências de algumas escolhas indevidas (todos erram, inclusive eu) estão virando a esquina, começo meus exercício fonéticos. Não fico falando "aaaaaaaaaaaaaaaa" no meio da rua. Mentalizo o fonema /a/e me imagino dando um sorriso largo, sincero e contagiante. Logo que a sensação boa vem e eu permito que o sorriso surja naturalmente.

Pode acreditar. O dia fica diferente depois desse simples exercício.

Aí, é dar o primeiro passo. Um passo após o outro. Mantendo o ritmo, subindo os degraus que aparecem. O rumo é certo: os sonhos. E quando chego no destino, viro e olho o caminho. Lá de cima, o mundo é diferente.


segunda-feira, 17 de agosto de 2009

The Big Picture

Metáfora em inglês que quer dizer algo como ter uma visão global da situação, também é usada para aquelas fotos de primeira página.

The Big Picture é um site mantido pelo The Boston Globe e traz fotos incríveis.

Dá uma olhada lá e depois me conta o que achou...

Abraço a todos!


domingo, 16 de agosto de 2009

sábado, 15 de agosto de 2009

deixa-me viver

caminho


Você sempre me pergunta por ando descalço. Não sei, sinceramente... nem sei muita coisa, é bem verdade. Acho que andar descalço me lembra minha infância ou algo assim, talvez a criança que vive em mim. Você não gosta do meu cabelo, não gosta da minha barba por fazer. Seus olhos percorrem todo o meu corpo, de cima até embaixo, procurando defeitos para me dizer que não sou como nos seus sonhos.

Nos meus sonhos, corro livre por entre a gente. Percorro ruas, praças, vou até a praia. Mergulho, volto e corro de volta pra casa. Minha casa, não a sua. Seu lar não é doce, amargo como seu coração. Uma pena você viver assim, a sofrer calada, sem saber o que é a vida lá fora. Trancada em sua carcaça, inflexível, insípida, infeliz.

Solte meu braço, não quero seus abraços, seu sorriso falso.

Solte meu braço, deixa-me viver.


sexta-feira, 14 de agosto de 2009

porta aberta

porteira


Vou deixar a porta aberta para o meu amor entrar
Porque não se sabe o dia de amanhã
Pode ser o fim do mundo
Pode ser o fim do túnel

Vou deixar a janela aberta para o sol entrar
Porque não se sabe quando a chuva choverá
Pode ser uma pancada
Pode ser um temporal

Vamos juntos dar um passeio
Vamos juntos sair por aí
Vamos juntos amar novamente
Vamos juntos viver diferente


quarta-feira, 12 de agosto de 2009

nosso segredo

um dia de sol na baia de vitória



Você é capaz de guardar um segredo?

Você é capaz de ver o sol surgir?

Sorria com a cara toda

E deixe suas orelhas se deliciarem com as ondas do mar


Você é capaz de guardar um segredo?

Você é capaz de ver o azul do céu?

Correndo, brincando sem sair do lugar

Foi você quem um dia me ensinou a amar


Você é capaz de guardar um segredo?

Vem cá que te digo baixinho

Te roubo um beijo discreto

Te mostro meu lado indiscreto


E todos vêem que não é mais segredo

Que te amo, que te quero

É evidente meu desejo

Hoje quero ser feliz



domingo, 26 de julho de 2009

clandestino

estábulo abandonado



sou um clandestino
sem origem, sem destino
sem mim mesmo, nem ninguém

sou um clandestino
desconheço minha língua
não sou senhor de meus lábios

sou um clandestino
tão clandestino como minhas palavras profanas

sou um clandestino
fugitivo de mim mesmo


terça-feira, 21 de julho de 2009

Blog com fotos constrangedoras é sucesso

O blog Akward Family Photos de Mike Bender e Doug Chernak está bombando.

Eles postam fotos bizarras de famílias. Se você tem alguma contribuição, é só mandar para eles.



segunda-feira, 20 de julho de 2009

Até parece filme> casal se casa depois de anos separados

Steve Smith e Carmen Ruiz-Perez se casaram na última sexta-feira. Até aí tudo bem, outro casamento no mundo entre duas pessoas que se amam e que pretendem passar o resto de suas vidas juntos.

O que talvez vocês não esprevam é a estória disso tudo. No mínimo um enredo interessante. Será que vai virar filme?



domingo, 19 de julho de 2009

felicidade pura não é carnaval




Às vezes me pergunto por qual razão devemos crescer. O olhar inocente da criança busca o universo a sua volta de sem explicações, apenas quer mais. E quando crescemos queremos mais e mais além de tentarmos nos explicar como as coisas funcionam, como o mundo é (ou deveria ser).

Cultivar o olhar infantil na sua aceitação das potencialidades é um exercício que bem exige um esforço para não se deixar convencer que o mundo tem somente um padrão. Será que as coisas serão assim mesmo? Ou elas podem ser diferentes?

Se eu para e conversar com minha sombra... como reagirão as pessoas? Você tem um amigo imaginário? Ao menos... você é seu amigo(a)?

Tantas vezes pensamos em agradar aos outros, à sociedade, atender expectativas. Esquecemos de um amigo nada imaginário, completamente real: nós. Sim, você, eu. Cada um de nós.

Nos prendemos em mundos. Alguns em mundos que existem apenas em suas cabeças, outros em mundos apenas além de suas cabeças, e ainda outros tantos em mundos aquém de suas cabeças. Não deveríamos viver num mundo sem fronteiras, um mundo onde todas as possibilidades existem?

Tem que ser sempre assim: palpável, visível, racional e aceitável?

E se eu quiser diferente?... Você ainda vai me querer por perto? Ou seria isso algo incerto? Dependeria de algo a mais, ou só de mim e você?

Pergunto-me se as respostas são válidas, se deveriam ser válidas, se as perguntas deveriam existir, se elas deveriam ser impertinentes. Tudo que quero é viver sorridente, crente de que nada é ausente, tudo é potencial.

Felicidade pura não é Carnaval.


Fonte da figura: MORENEWMATH


sexta-feira, 17 de julho de 2009

Sight Unseen

O Museu de Fotografia da California abriga até o dia 29 de agosto a exposição Sight Unseen.

Talvez vocês se perguntem qual a razão de um post sobre uma exposição de fotos lá do outro lado do mundo. Pois vos digo.

As fotografias foram tiradas por pessoas com deficiência visual - algumas cegas.

Leia a reportagem da BBC Brasil.


terça-feira, 7 de julho de 2009

[longplayexperience] Dia 36> sambinha gostoso descansa a mente + memórias...

Ainda com Elis & Tom tocando ao fundo, post agora o que ouvi logo a pouco assim que cheguei em casa.



Memórias 1 Cantando - Paulinho da Viola (1976)
Lado A
  1. nova ilusão
  2. cantando
  3. abre os teus olhos
  4. dívidas
  5. perdoa
  6. mente ao meu coração
Lado B
  1. pra que mentir
  2. velório do heitor
  3. o carnaval acabou
  4. coisas do mundo, minha nega
  5. vela no breu
  6. meu novo sapato
***

Memórias... tê-las ou não tê-las?
Melhor sê-las?
Quem sabe? Ninguém. Acho...
Talvez fosse melhor se as tivesse perdido

Mas se as tivesse perdido, quem seria eu hoje?
Não sei, nem sei se quero saber
Que seja como é, a memória
A dor que se vá

Vai!
Sai de mim e vai assombrar outro coração

Vai!
Deixa minha alma em paz

Tudo que quero é algo simples
Algo pouco que é reservado a todo quem

Tudo que quero é felicidade
Felicidade para mim e para você





sábado, 4 de julho de 2009

fiat lux

raio de luz


basta-me um sorriso seu Senhor ao pôr-do-sol
e eu me lembro de Sua presença em minha vida

basta-me inspirar e me encho com Sua presença
e Sua palavra toca minh'alma com verdade

são as coisas simples da vida que me revelam Seu poder

são todas as coisas que espelham Sua presença

quando há Luz se afugenta qualquer traço das trevas
e ali se faz vida


terça-feira, 30 de junho de 2009

concretismo (trans)corrido concretíssimo

detalhe da grade


queria tanto estar com as palavras soltas assim em prosa corrida desembestada por entre as linhas e escrever assim tão lindo como tem feito mas minha sintaxe poética ainda está presa na minha metodologia encucada (pergunto a mim mesmo se é encabulada) em pragmatismos dissertativos bizonhos e aprisionantes quem sabe um dia reticências quem sabe pergunta filosófica só Deus certeza absoluta


segunda-feira, 29 de junho de 2009

(des)encontros: dialéticas do nosso amor

vitória! regia!


ninguém sabe como aconteceu
nem porquê eles ficaram tanto tempo separados

não se sabe se foi o sapo, o príncipe, a rosa ou a princesa
nem mesmo eles se lembravam direito daquele beijo perdido no tempo

não lembravam da chama que um dia ardia forte em seus corações
não lembravam que podiam ser um

quando o príncipe era príncipe
ela era rosa rosada

quando a princesa era princesa
ele era sapo verde

rosa/príncipe
sapo/princesa

e assim foram na eterna dialética do desencontro

até que seu corações foram pegos de surpresa
mãos se encontrando e corações idem

nada mais foi solidão
toda a riqueza do mundo se revelou no amor de seus corações

dali em diante, mesmo sozinhos estavam acompanhados
com seus sonhos fixos no olhar o luar

abraços noturnos em meio a sonhos românticos
suspiros diurnos de olhares fugidios no horizonte

belos sorrisos sem qualquer motivo aparente
belos porque belos são os que amam

e eles descobriram que era possível
seus sonhos, enfim realidade


sábado, 27 de junho de 2009

pink rose by the country house

o príncipe rega sua rosa
mas a rosa vive numa redoma
que mal há na rosa?
a rosa não é só espinhos
é aroma, cor e leveza

a rosa fala da vida
de tudo, de todos
no mudinho do príncipe só ele e a rosa
(ah... é claro!)
e os baobás

b52 é pequeno
para o príncipe
para a rosa
para os baobás
pequeno para todos

grande é o coração do príncipe
grande é o medo dos espinhos
grande é a pequenice da rosa
grande a vontade dos baobás
grande ali é muito

em busca de novos caminhos
em busca de algo além

o príncipe procura respostas
perguntas são muitas

por que as pessoas grandes são assim tão pequenas?

talvez porque se esquecem que são responsáveis por aquilo que cativam


quinta-feira, 18 de junho de 2009

com efeito... perfeito!

meu jardim secreto @ parque lage


do meu jeito
é feito
de feito em feito

(de)feito
(pré)feito
(re)feito

tudo que é feito
não é - 
apresenta defeito
de um sonho refeito,
já dizia platão

um feito
só tem efeito se for perfeito

(con)feito é festa
e festa...
ah! a festa...

a festa atesta
a festa de um sonho perfeito
um sonho contigo
me digo, bem digo: amor perfeito, festa, sonho e
nada pode ser de(s)feito


segunda-feira, 1 de junho de 2009

a formiga e a cigarra

fallen


fazer e nada fazer
(des)feito
(de)feito
(con)feito

anda, anda, anda
canta, canta, canta

sol após sol
dia após dia

até que o inverno chega

fazer e nada fazer
(des)feito
(de)feito
(con)feito

domingo, 24 de maio de 2009

Matemática também é poesia

Craig Damrauer faz uso da lógica matemática para criar poemas concretos super interessantes. E se você quiser, pode até assinar o RSS e receber no seu e-mail suas equações mirabolantes.

O site é em inglês... Super legal!

Clique aqui para acessar ao NEW MATH.


sexta-feira, 22 de maio de 2009

"poesia sobre o corpo"> Arnaldo Antunes no poesie-festival berlin



Achei super interessante a concretude do poema declamado por Arnaldo Antunes...
Queria muito compartilhar com vocês.

Enjoy!


quinta-feira, 21 de maio de 2009

domingo, 17 de maio de 2009

[longplayexperience] Dia 21> a little going back to the past is not much if you wanna build your future

Domingão.. dia de acordar um pouco mais tarde; lavar o carro; almoço em família; cochilo de tarde; corrida na praia; e, claro!, disco de vinil...

Domingo para entrar em contato com o mais íntimo de nossa alma. Ouça um álbum de jazz. Lembrar de um amor e tentar dar um jeito na saudade. Baden Powell e o violão. Diversão sim, Titãs também.

Revisitar o passado é uma forma de responder perguntas importantes. Qualquer planejamento básico, seja pessoal ou num projeto de trabalho, deve responder a simples e profundas perguntas:
  1. Quem sou?
  2. De onde vim?
  3. Quem quero ser?
  4. Para onde vou?
  5. Como vou fazer para chegar lá?
  6. Como vou saber quando cheguei lá?
A música nos permite recobrar nossa história, levantar nossos recursos mais poderosos e aplicar com perfeição em nossa vida. Olhe ao seu redor, observe a natureza, escute o seu coração, aprecie as coisas simples da vida, lute pelo que acredita. Seja feliz! Construa um futuro sustentável para você e para todo mundo. Se todos ganharmos, eu e você ganhamos. Se somente um ganhar hoje, talvez amanhã, quando você precisar tanto de ajuda, não poderei lhe dar o apoio que precisa.



Soul meeting - Ray Charles & Milt Jackson (1978)
Lado A
  1. hallelujah i love her so (Ray CHarles)
  2. blue genius (Ray Charles)
  3. x-ray blues (Ray Charles)
Lado B
  1. soul meeting (Milt Jackson)
  2. love on my mind (Ray Charles)
  3. bags of blues (Milt Jackson)

* Ótimo para acompanhar o café da manhã. Vai bem com café, bolo, pão com requeijão, papaya e bananas.




Solitude on guitar - Baden Powell (1973)
Lado A
  1. introdução ao poema dos olhos da amada (Baden Powell/Paulo Soledade/Vinicius de Moraes)
  2. chará (Baden Powell)
  3. se todos fossem iguais a você (Tom Jobim/Vinicius de Moraes)
  4. márcia, eu te amo (Baden Powell)
  5. na gafieira do vidigal (Baden Powell)
  6. kommt ein vogel geflogen (música tradicional alemã; arranjos: Baden Powell)
Lado B
  1. fim da linha (Baden Powell)
  2. the shadow of your smile (Johnny Mandel)
  3. brasiliana (Baden Powell)
  4. bassamba (Eberhard Weber)
  5. por causa de você (Tom Jobim/Dolores Duran)
  6. solitário (Baden Powell)
* Paixão dedilhada nos mínimos detalhes. Para ouvir de olhos fechados, deitado na cama, pensando em como a vida é boa.



Go Back - Titãs (1988)
Lado A
  1. jesus não tem dentes no país dos banguelas (Nando Reis/Marcelo Fromer)
  2. bichos escrotos (Arnaldo Antunes/Sérgio Brito/Nando Reis)
  3. pavimentação (Paulo Miklos/Arnaldo Antunes)
  4. diversão (Sérgio Brito/Nando Reis)
  5. marvin (R. Dunbar/G.N. Johson; versão: Sérgio Brito/Nando Reis)
  6. aa-uu (Sérgio Brito/Marcelo Fromer)
Lado B
  1. go back (Sérgio Brito/Torquato Neto)
  2. polícia (Toni Bellotto)
  3. cabeça dinossauro (Paulo Miklos/Branco Mello/Arnaldo Antunes)
  4. massacre (Sérgio Brito/Marcelo Fromer)
  5. não vou me adaptar (Arnaldo Antunes)
  6. lugar nenhum (Arnaldo Antunes/Charles Gavin/Marcelo Fromer/Sérgio Brito/Toni Bellotto)
* Não sei se foi as drogas, se foi as mulheres, se foi o dinheiro... o Titãs não sobreviveu à fama e aos projetos paralelos de seus integrantes. Uma pena!...
Nesse álbum, minhas faixas favoritas são... difícil dizer... Todas falam um pouco do rock nos anos 1980.
Era a época do Brasil se descobrindo nação, reinvindicando um espaço ao sol. Descobrimos que somos mais que samba, cachaça, biquinis e praias. Todos produtos louváveis de nosso querido país, mas somos mais que isso. E as bandas que surgiram nesse período criticavam nossa própria perspectiva de nossa terra.
Viva o rock!


E pra finalizar... postar ouvindo aos Beatles. Domingo 100%.



***

Isso me faz lembrar de uma poesia de Pablo Neruda cujo trecho foi inserido na versão em Español de Go Back no álbum Acústivo MTV do Titãs...

Seguem o poema e a letra da música na versão hermana.

Farewell y Sollosos
Pablo Neruda
Desde el fondo de ti, y arrodillado,
un niño triste, como yo, nos mira.
Por esa vida que árdera en sus venas
tendrían que amarrarse nuestras vidas.
Por esas manos , hijas de tus manos,
tendrían que matar las manos mías.
Por sus ojos abiertos en la tierra.
veré en los tuyos lágrimas un día.
Yo no lo quiero, Amada.
Para que nada nos amarre
que no nos una nada.
Ni la palabra que aromó tu boca,
ni lo que no dijeron las palabras.
Ni la fiesta de amor que no tuvimos,
ni sollozos junto a la ventana.
(Amo el amor de los marineros
que besan y se van.
Dejan una promesa.
No vuelven nunca más.
En cada puerto una mujer espera:
los marineros besan y se van.
Una noche se acuestan con la muerte
en el lecho del mar.
Amo el amor que se reparte
en besos, lecho y pan.
Amor que puede ser eterno
y puede ser fugaz.
Amor que quiere libertarse
para volver amar.
Amor divinizado que se acerca
Amor divinizado que se va.)
Ya no se encantarán mis ojos en tus ojos,
ya que no se endulzará junto a ti mi dolor.
Pero hacia donde vaya llevaré tu miraday 
hacia donde camines llevarás mi dolor.
Fui tuyo, fuiste mía. 
Qué más? Juntos hicimos
un recodo en la ruta donde el amor pasó.
Fui tuyo, fuiste mía. 
Tú serás del que te ame,
del que corte en tu huerto lo que he sembrado yo.
Yo me voy. Estoy triste: pero siempre estoy triste.
Vengo desde tus brazos. No sé hacía dónde voy....
Desde tu corazón me dice adiós un niño.
Y yo le digo adiós.


Go Back (Espanhol) - Titãs
Aunque me llames
Aunque vayamos al cine
Aunque reclames
Aunque ese amor no camine
Aunque eran planes y hoy yo lo siento
Si casi nada quedó
Fue sólo um cuento
Fue nuestra historia de amor
Y no te voy a decir si fue lo mejor
Pues
Sólo quiero saber lo que puede dar cierto
No tengo tiempo a perder

Ya no se encantarán mis ojos en tus ojos
Ya no se endulzará junto a ti mi dolor
Pero hacia donde vaya llevaré tu mirada
Y hacia donde camines llevarás mi dolor
Fui tuyo, fuiste mía
¿Qué más? Juntos hicimos un recuerdo en la ruta donde el amor pasó
Fui tuyo, fuiste mía.
Tú serás del que te ame
Del que corte en tu huerto lo que he sembrado.
Me voy, Estoy triste.
Pero siempre estoy triste.
Vengo desde tus brazos.
No sé hacia donde voy.
...Desde tu corazón me dice adiós un niño y yo le digo adiós.


quarta-feira, 13 de maio de 2009

saudade

murada nas laranjeiras

saudade: sentimento curioso que nos faz rir e chorar
saudade é pra quem algo do que se lembrar
do que, de quem, quando, como, onde
nem sei, só espero que você corresponde
me diz, saudade, onde está o meu amor
no que(m) deposito toda minha vontade de viver
saudade que me visita, seja cedo, seja tarde
que me é mais alegria do que sofrer
afortunado sou por tê-la; aqui dentro arde
eu tenho, tu tens: nós temos
tudo que temos, seremos
saudade
eu lembro de ti


* Essa eu escrevi numa oficina de textos que realizei na clínica com os pacientes na terça-feira. O estímulo inicial usado foi o último post de domingo.


domingo, 10 de maio de 2009

a beleza do mundo está em nossos olhos


todos temos uma criança dentro de nós, pedindo para correr
às vezes, as pessoas a nossa volta ficam surpresas, preocupadas ou com raiva quando nos deslumbramos com o mundo
é a revelação de nossa fragilidade diante do inédito, do diferente
façamos tudo com amor e a luz abrirá o caminho da infinita eternidade
a beleza do mundo está em nossos olhos...




sábado, 9 de maio de 2009

Sossego

deixe sua criança livre


quisera eu novamente ser criança
pra correr gostoso feito raio pelo seu jardim
ver as flores cobertas de orvalho
o sol matinal tocar meu rosto de leve
seu beijo suave me acordando dos sonhos de nós dois

quisera eu sentir aquele calafrio na nuca
ser alavancado do chão e sobrevoar a terra
levitar ao menor toque seu
e descobrir que somos um você e eu

quisera eu que nosso amor fosse sempre sonho
sonho sonhado acordado
de beijo molhado no escuro
abraço apertado contra o muro

quisera querer tudo de novo

bem querer
bem me quer

bem te quero bem
te quero
bem

tudo de novo...
e mais um pouco

porque é gostoso assim quando me lembro de você:
viro criança e começo tudo de novo


sexta-feira, 8 de maio de 2009

Chorinho chorado no Flamengo


Semana passada tive a incrível experiência de passar o final de semana no Rio de Janeiro. Muitos pontos históricos e turísticos visitados, muita música na vitrola, conversa em mesa de bar e sintonia com pessoas da melhor qualidade.

Continuando a pesquisa musical e a experimentação de novos estilos e autores, fui a uma praça no Flamengo no domingo e, para minha surpresa, estava rolando uma boa roda de chorinho. O mais interessante é que os músicos iam se revesando e quem quisesse era só chegar com seu instrumento e entrar no ritmo.

Música excelente!

Em breve: Playlist do mês de maio. Sei que estou em dívida, mas o fim do curso de MBA (com direito a TCC, Jogos de Negócios e um enorme PEM), a correria das aulas na UNESC e as monografias da pós em Sexualidade tem me impedido de ouvir música em casa.

Prometo que até sábado ou no mais tardar domingo sai uma playlist novinha e cheia de novidades.

Saudações saudosistas!...