sábado, 21 de janeiro de 2012

Neste início de noite, li de uma sentada só a tradução e adaptações de algumas cartas de Kahlil Gibran para Mary Haskell feita por Paulo Coelho. Baixei o livro depois que Paulo liberou em seu blog e divulgou no twitter para reafirmar sua atitude em relação ao movimento #StopSOPA.

Quero agradecer a Paulo pela sua atitude. São gestos como esse que fazem a diferença, inspiram a mudança e espalham cultura mundo a fora.

Separei para os amigos dois trechos que muito me tocaram.
Bon apetit!






A existência não tem apenas seu aspecto físico. As pessoas mais velhas podem estar muito mais vivas que as jovens, porque já experimentaram muito mais coisas.

O problema com a velhice é que, por medo da morte que se aproxima, as pessoas passam a ter pavorde viver. Não entendem que o final de uma etapa é que torna possível o próximo passo; a Natureza jamais dá saltos. Da mesma maneira que não quebra os galhos jovens, tampouco impede que uma árvore, velha e cansada, deixe de existir.

Isto é o que chamamos de “ordem natural das coisas”. Muitas vezes eu me imagino depois da morte, retornando lentamente aos elementos do solo; é a grande entrega, que muda tudo em silêncio e calma, para que as coisas possam renascer. A idade prepara meu corpo para fertilizar de novo a terra de onde vim.


O outono do corpo conduz ao inverno, e o inverno é necessário para que uma nova primavera surja. Da mesma maneira, o meu espírito se move de uma etapa para outra, sabendo que cada estação tem suas qualidades e seus defeitos.


***


A diferença entre um profeta e um poeta é que o primeiro vive aquilo que ensina.

O poeta não faz isso; ele pode escrever versos magníficos sobre o amor, e mesmo assim, continuar sem ser amado. Quando uma pessoa aceita não ser amado, termina transformando-se em alguém impossível de se amar.

A arte é a tentativa de exprimir o que a humanidade ama. Em todas as épocas, nós amamos a beleza. Nem tudo que é belo é bom, mas toda bondade é bela.

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