domingo, 26 de julho de 2009

clandestino

estábulo abandonado



sou um clandestino
sem origem, sem destino
sem mim mesmo, nem ninguém

sou um clandestino
desconheço minha língua
não sou senhor de meus lábios

sou um clandestino
tão clandestino como minhas palavras profanas

sou um clandestino
fugitivo de mim mesmo


Um comentário:

  1. Ei, Fábio!

    Achei muito especial esse poema, há uma certa beleza, uma certa tristeza. Clandestinos somos, embora nem sempre saibamos... E nunca se sabe uma língua, vivemos nos tropeços de errar nas palavras.

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