terça-feira, 10 de novembro de 2009

trabalhar (!)





Um bom local de trabalho, como defini-lo? Se conversarmos com pessoas que estão procurando um emprego, iremos nos deparar com pelo menos três enfoques sobre o trabalho que podem ser resumidos pelos verbos ser, ter e fazer.

É comum a falta de consenso sobre o que é um bom local de trabalho. Digo consenso real. O lugar-comum do local de trabalho no qual podemos ganhar bem, estabelecer bons relacionamentos, sermos reconhecidos, contribuirmos com a criação de valor através das tarefas de trabalho, entre vários outros quesitos, é indiscutível.

Faço orientação profissional e aconselhamento de carreira há 7 anos. Me defrontei com públicos diversos: alunos de ensino fundamental e médio, universitários, intercambistas e suas famílias, executivos repensando suas carreiras. Todos sonhando com uma vida melhor.

Melhor para quem? Essa é a pergunta que faço aos meus orientandos no projeto de extensão que coordeno no UNESC, onde também leciono para os cursos de Direito, Administração e Ciências Contábeis. De que nos vale um trabalho, receber um bom salário e pagar com nossa saúde (física, mental e espiritual), nossos relacionamentos familiares e de amizade?

Não sou comunista, mas devo concordar com Karl Marx que o trabalho é mais do que simplesmente trabalhar, no sentido de força de trabalho física, ou mesmo psicológica. Trabalhar é mudar o mundo em que vivemos. Trabalhar é produzir bens, serviços. Trabalhar é construir nossa realidade particular.

Ser, ter e fazer. Verbos que deveríamos conjugar juntos. No presente do indicativo, no futuro do presente. Não importa; trabalhar deveria ser uma atividade de cidadania completa. Um exercício existencial.

Lembre-se da pergunta melhor para quem? Trabalhar é uma parte da vida, não o contrário.



* Fábio Nogueira é um trabalhador empenhado na construção de um mundo melhor e considera o trabalho um hobby. Nas horas vagas, é professor universitário em cursos de graduação e pós-graduação; faz pesquisas porque acha interessante aprender sobre o mundo e as pessoas; fotógrafo aprendiz [flickr 1, flickr 2], poeta amador e filósofo de final de semana.


segunda-feira, 9 de novembro de 2009

ridículo é não viver




Por tantas vezes na vida pensamos sobre o que os outros pensariam se fizéssemos o que queremos. Por quantas vezes mais abdicaremos de nós em prol do bem alheio? Ocorrem momentos de suspensão de nossos desejos para o bem comum.

Infiltradas em nossas almas estão a sociedade. Tudo de bom; tudo de ruim. Faça assim, assim. Desde pequenos, o convívio social - primeiro em família, depois na escola e no trabalho - nos ensina quem deveríamos ser. O ideal, ideologicamente formatado. O real se perde.

Se é ético, que problema tem?
Vem também!
Seja você, seja feliz!

Ridículo é não viver.